A cidade amanhece um tanto vazia. Mas cadê a correria de ontem, anti-ontem? A correria que bebeu o tempo todinho em um só gole? Ai que paz que se faz agora. A cidade parece fantasma. As obras pararam de tocar aquela sinfonia urbana, que arranha, que cansa.
O mercadinho do seu Zé da esquina, não abriu. Na porta um aviso. “Férias Coletivas. Voltamos em 2015.” O salão de beleza, também, fechado. Na última semana, lembro de ver as luzes apagando depois das 23 horas. Corta o cabelo. Hidrata o cabelo. Penteia. Estica. Pinta. Tira cutícula. Passa a cera. Maratona coletiva. Agora está fechado.
Enquanto passeio com a minha cachorrinha, vivo o silêncio. Gosto desse silêncio, ele me aquece, alivia. Os últimos dia foram de turbulência, agora a quietude. Respiro essa brisa e me sinto acolhida, o dia é meu alento, sem explicação, me sinto mais amada do que nunca.
Volto para casa. Entro pela portaria. A zeladora já não está mais. Entro no elevador. Percebo que uma borboleta também adentrou, amarela, vibrante, mas ela não se desespera com o ambiente fechado. Ela pousa no meu vestido verde e vai para casa comigo. Acho que está sentindo a mesma paz e o mesmo amor inexplicável.
Vou até a sacada para ela voar e ganhar o mundo. Às vezes tenho vontade de ter asas também. Pairar por entre as nuvens, subir bem alto, ficar pertinho das estrelas, sobrevoar as montanhas, me sentir a própria brisa, sentir a leveza.
Volto pra mim. A borboleta ainda não se foi. Com cuidado mexo no vestido, para ela saber que pode ganhar o mundo. Ela resiste por alguns segundos, mas depois voa, linda e serena. Desenhando arabescos pelo céu azul. Meus olhos a seguem com agilidade e ela some na imensidão. Já eu, sinto o milagre.
Antes de entrar novamente, me deixo levar pelo perfume que vem dos apartamentos, um perfume único e que se repete nesta mesma época. O Natal tem dessas coisas! Ele tem cheiro. Amor. Harmonia. Deve ser o aniversariante que está bem pertinho de nós.
Jesus! Hoje é o teu dia e por consequência, nosso também. Dia de agradecer a vida, os milagres que acontecem diariamente que acabamos não alcançando com clareza. Dia de se voltar mais para si e compreender que nunca estamos sós. Dia de plantar amor para o semear o ano inteiro. Dia de abraços e beijos. Dia de estender a mão, de brincar e de comemorar o maior fenômeno de todos: A VIDA!
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.
Deixe uma resposta