Um vazio sem igual tomou conta de mim. Estou pairando entre um espaço de tempo e outro, sem achar o meu lugar. Me pergunto, qual o valor do tempo afinal, e abro o livro de Mitch Albom, O Guardião do Tempo, nele, percebo que o personagem fictício Dhor, que criou o tempo, que começou a contar os dias, as horas, os meses e os anos, estava tão aficcionado por aquilo que acabou deixando de viver tantos momentos felizes, momentos de se perder em um abraço, momentos de se perder em sorrisos e até em lágrimas, que quando se deu conta de sua imortalidade, acabou sozinho ouvindo os lamentos de toda a humanidade, que perdida neste mesmo espaço que me encontro, pedia mais tempo, pedia para o tempo correr, ou para que andasse devagar, pedia estarrecida pelo tempo que não ia chegar e pelo tempo que já passou e esquecia o tempo que está acontecendo agora, neste momento.
Eu estou exatamente que nem todas essas pessoas. Por mais que eu saiba que devo olhar para o agora, uma angústia pungente bate em meu peito e não consigo encontrar as respostas mais simples, aquelas que vivem dentro de mim. Não estou conseguindo fazer a conexão, estou perdida no tempo, sem ter para onde ir. Sinto que preciso tomar uma decisão, mas para isso preciso estar conectada comigo mesma, mas meus anseios, minhas dúvidas e atė mesmo o meu ego não me deixam agir.
Depois de dois meses sem conseguir sequer ler algumas linhas, mergulhei em dois livros neste final de semana. Mergulhei, já estou acabando os dois. Estou faminta por respostas e escolhi livros que falam de vida, de tempo, de libertação, para me acompanhar neste final de semana. Parecia que eu sabia o que me esperava quando fiz a mala e viajei para uma praia linda, uma pequena amostra daquilo que considero o paraíso na terra. Aqui, imersa no silencio do mar, na beleza do nascer e pôr do sol, tento me encontrar, ainda sem êxito. É como se eu estivesse esperando um momento crucial, como se eu tivesse me despedindo de mim, como se eu tivesse que amadurecer, como se eu tivesse que me transformar, achar um caminho, em meio ao labirinto que estou vivendo.
Acredito que só o amor e a fé são capazes de me trazer a paz que procuro, a paz que não encontro em mim. Repito para mim mesma, sou tranquila, sou tranquila, como crença possibilitadora, para me trazer ao menos um pouco de sossego, mas nada funciona, parece que briguei feio comigo. Já me senti inúmeras vezes perdida, mas como agora, não consigo lembrar. Porque agora dói e é um doer sem saber, um doer que eu não sei de onde vem e que não quer ir embora. Deus me ajude, minha cabeça está confusa, minhas lágrimas brotam sem pedir licença, minha vida está acontecendo e eu estou perdida simplesmente, perdida em minhas ansiedades, minhas angústias, meus anjos e demônios. Que Deus me ajude!
Olho para o céu e percebo as estrelas, todos aqueles caminhos, todos aqueles pontinhos de luz que tomam forma perante meus olhos, toda aquela beleza me acalma de certa forma, peço as estrelas que me tragam alguma resposta. Fecho meus olhos e adormeço com os cílios ainda úmidos e espero que ao amanhecer, o sol me traga a luz que tanto procuro.
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.
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