Saudade, palavrinha que somente à nossa língua pertence. Será um privilegio? Acho que sim. Pois conseguimos, a partir dela, expressar nossos sentimentos de forma bem mais profunda. Não precisamos apenas dizer que sentimos falta, nós sentimos saudade. Acho tão linda essa combinação de consoantes e vogais, mesmo que por detrás de tamanha beleza, possam se esconder dores, tristezas e angústias.
Ela pertence a todos. Humanos e animais. Quem não se emocionou com o filme “Sempre ao Seu Lado”, do cachorro que fica esperando em vão, pelo seu dono na estação de trem?
E é assim que vamos vivendo os dias. Com pouca, nenhuma ou muita saudade. Seja de uma pessoa que já se foi, seja de alguém que mora longe. Saudade de momentos bacanas que não voltam mais ou até saudade não se sabe de que, nem de quem.
Essa palavra costuma me pegar de jeito nesta época do ano, pois esta é a semana em que meu pai faria aniversário se estivesse entre nós. Há 29 longos anos, ele ganhou asas e foi morar pertinho dos anjos, um dia após completar 36 anos. Eu tinha apenas 7, meu irmão 5 e minha mãe, guerreira e corajosa, estava no auge dos seus 33 anos.
Ele se foi jovem, muito jovem, na flor da idade, no centro da vida. Foi de repente, acho até que já sabia, nós é que nunca esperávamos que aquele homem “casa cheia”, sorridente, brincalhão, sensato, alegre, exemplo para nós, exemplo para os amigos, fosse nos deixar, fosse ir para bem longe, habitar em um outro plano. Ele partiu dormindo e antes disso, comemorou a vida ao lado de toda a família, na noite anterior, com direito a cachorro quente e brigadeiro.
O tempo parece tão longo nesta terra, imenso, implacável, quando na verdade, dizem que do outro lado, ele é ínfimo, passageiro, fugaz. Em ambos, cumpre seu papel, mas em cada um mostra a que veio. Um ano para nós, equivale a uma semana para eles? Quem sabe ao certo? Eu não sei. Mas que lá ele voa, isso voa, relatos comprovam em livros espíritas que debulham sobre o assunto.
E a saudade e o tempo, de mãos dadas desfilam pelos caminhos da vida, exibindo suas nuances, suas curvas perdidas, seus pontos de encontro, tanto lá quanto aqui. Nos trazendo dor e alívio. Dois lados de uma mesma moeda. Saudade e tempo. Quem duvida? Eu não costumo brincar com essas forças da natureza. São como deuses pagãos que ora divertem-se, ora comovem-se com nossas tribulações, nossas perdições.
A saudade que parte de mim vai de encontro ao ser saudoso, àquele a quem dedico meu amor. Hoje em dia, já consigo não transbordar as lágrimas doídas, mas as de doces lembranças, para que meu amor seja sentido com alívio e frescor, vivo, ultrapassando o tempo, permitindo aos abraços serem sentidos, permitindo que as mãos sejam dadas. A moeda agora, por segundos, passa a ser a da união. Aproveitemos
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.
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