O suor insiste em escorrer pelo canto do rosto. A boca fica sedenta por alguns goles de água gelada ou outra bebida qualquer. Quanto menos roupa melhor, algo que permita à pele transpirar. Sim, é verão em Porto Alegre.
Um calor insuportável toma conta da estação mais quente do ano. Como é possível a nós, simples mortais, conseguir sobreviver a esta combinação, eu diria, um tanto explosiva. Céu azul, chuvas raras, asfalto escaldante, somados a uma brisa morna, que quando dá uma trégua, piora.
Haja saúde!
O corpo pede socorro. É um entra e sai constante, do ar condicionado para o forno e vice versa. Acabamos por contrair todas as “ites”, sejam alérgicas ou não. Que venham os remédios para acalmar esse turbilhão e trazer um pouco de paz ao nosso nariz.
Por vezes, um banho frio resolve, principalmente quando a água do reservatório não está morna. Aí nem banho frio nós temos. Pensando bem, o gaúcho é corajoso. Com todo esse calor, ainda insiste nas tradições e mete um chimarrão todas as manhãs ou finais de tarde.
Água quente, dia quente, ar condicionado gelado. Será o certo? Eu não sei, mas os costumes costumam vencer esta parada. Isso me fez lembrar da macrobiótica, que sugere bebermos sempre o que está na temperatura do nosso corpo. Ah, isso fazemos com maestria. Gaúchos são macrobióticos por natureza.
Por outro lado, apesar de todas as sensações incômodas que o verão oferece, ele traz vida aos nossos dias. Acordar cedo não fica tão difícil, tomar banho muito menos – não precisamos fazer aquele ritual dos dias congelantes. Partir para um Happy Hour é uma delícia. E o bom humor, impera.
As pessoas ficam mais dóceis no verão. O vizinho dá bom dia, o chefe mostra os dentes em sorrisos durante o expediente, os animais de estimação ficam mais tempo passeando pelas ruas, os parques lotam e as crianças brincam leves e soltas.
Eu costumo dizer que tudo nesse mundo tem mais de um lado. Nem tão ao céu, nem tão a terra. O verão traz a seca, mas também a alegria. É uma época, aqui no hemisfério sul, de renovação. O findar de um ano abre alas para que o outro surja cheio de possibilidades na nossa frente.
É uma época de fazer planos, de colocar metas, de dar um novo gás na vida que se leva. Ficamos mais próximos da família, daqueles primos e tios distantes. Ficamos mais próximos dos amigos, marcamos viagens de final de semana e voltas pelo mundo afora. E com certeza, mesmo com aquele suor escorrendo no canto do rosto, afirmo de carteirinha, somos muito mais felizes nesta estação do ano.
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.
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