Um vazio sem igual tomou conta de mim. Estou pairando entre um espaço de tempo e outro, sem achar o meu lugar. Me pergunto, qual o valor do tempo afinal, e abro o livro de Mitch Albom, O Guardião do Tempo, nele, percebo que o personagem fictício Dhor, que criou o tempo, que começou a contar os dias, as horas, os meses e os anos, estava tão aficcionado por aquilo que acabou deixando de viver tantos momentos felizes, momentos de se perder em um abraço, momentos de se perder em sorrisos e até em lágrimas, que quando se deu conta de sua imortalidade, acabou sozinho ouvindo os lamentos de toda a humanidade, que perdida neste mesmo espaço que me encontro, pedia mais tempo, pedia para o tempo correr, ou para que andasse devagar, pedia estarrecida pelo tempo que não ia chegar e pelo tempo que já passou e esquecia o tempo que está acontecendo agora, neste momento.
A vida é feita de tantos momentos, de uma soma infinita de segundos, minutos, horas e dias. Cada pequeno espaço de tempo tem um valor imensurável na conta final. Uns mais, outros menos, porém todos valem alguma coisa. Uns podem dividir, outros multiplicar, não tem problema, o que importa verdadeiramente é quem nos tornamos.
Por isso pense bem. Reflita. O que você quer deixar para o mundo? Qual o legado? Imaterial, para deixar claro. Não me refiro aos bens que você conseguiu juntar ao longo da vida. Até porque, eles não vão com você para onde você for. Eles só fazem parte deste mundo aqui e nada mais.
Uma boa forma de saber como você leva a vida é perguntar para os seus amigos, como você é? Se eles responderem: – Nossa, o fulano é dono da empresa “X”, tem o carro do ano, mora no último lançamento do bairro da moda, viaja duas vezes por ano para a Europa… Ufa! Pode acreditar que tem alguma coisa errada. Isto tudo não é o quem você é e sim, o que você tem. Pense bem, ou está na hora de repensar a sua vida ou com quem você está andando.
Claro, esta lista também é importante, não quero ser hipócrita, precisamos ter condições para sobreviver ou viver neste mundão, precisamos pagar as contas, comer, ter um teto. Mas tudo isso fica. E é essa máxima que devemos levar ao longo dos nossos dias, quando a vida nos brindar com situações que exijam desprendimento.
Não sabemos o dia de amanhã, por isso é tão bom, ajudar hoje. Chico Xavier uma vez disse, que todo o bem que fazemos é nosso advogado pela eternidade. E o que conta aqui é a intenção. Fazer o bem sem olhar a quem é o que vai valer na conta final. Compartilhar atitudes positivas multiplica o saldo, já nessa vida.
Não é preciso ser bom em matemática para entender e se dar bem, é preciso apenas, ser bom. Essa é a lei, ação e reação, simples e pura, lei da física, lei da natureza, lei do Criador. Criaturas que somos, que assim “sejamos” para a eternidade, já que o “tenhamos” é fugaz e passageiro.
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Depoimentos
Suzana de Souza (Livro Transbordei)
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.