Nesses meus “vai e vem” entre Caxias do Sul, na serra gaúcha, e Porto Alegre muitas coisas acontecem. Já vencendo a casa dos sete meses de gravidez, resolvemos, eu e meu marido, que as viagens agora seriam de ônibus, muito mais seguro e tranquilo para a mamãe aqui. E claro, muito inspirador também.
Com isso acabo usando taxi nas duas cidades e as peculiaridades se apresentam. Em Porto Alegre, quando entramos num taxi ou pegamos uma carona, costumamos dar o endereço e o dito cujo do motorista nos leva até o destino, sem rodeios. É papo reto. Às vezes falamos algo que tem perto, mas quase nunca. Comigo pelo menos sempre foi assim. Até quando chamo taxi pelo aplicativo no telefone, não costumo colocar referência.
Já em Caxias do Sul, a coisa é diferente. As pessoas conhecem os lugares que figuram nas ruas e muito pouco sabem sobre o nome delas. Com os taxistas muda, mas não muito. No geral, quando pedimos informação ou uma carona, é tiro e queda. O nome da rua mal ajuda. Agora, se explicamos que fica passando a loja tal, na esquina com a fábrica X, fazendo o retorno três quadras após a padaria Y. Pronto, chegamos ao destino.
Eu e meu marido, que é natural de Caxias, costumamos brincar que para entender onde ficam os lugares é necessário, antes de tudo, residir na cidade por pelo menos uns cinco anos. Aí sim, a vida segue.
Eu que estou a dois, já começo a engatinhar nessa onda, só que somente no entorno onde moro. Nos bairros afastados, nãnãninãnão! Em outros casos, quando estou dirigindo meu carro, recorro ao Waze, só ele salva. Porém, fica a torcida para que não me conduza a um beco qualquer. Piadas a parte, já constatamos que seus caminhos podem ser perigosos.
Por outro lado, o bom de pegar um taxi são as conversas que se desenrolam com os motoristas. É raro fazer uma corrida em silêncio. As pessoas estão cada vez mais precisando de um dedo de prosa, de uma opinião, de um contato pessoal. Será a tal da carência?
Esses dias, peguei dois taxis, daqueles, em São Paulo. Um dos senhores, chegou a colocar as mensagens de voz do grupo do condomínio dele, no whastapp, para eu ouvir. Ele é síndico e paga um dobrado com a vizinhança. A corrida durou uma hora e nessa uma hora, dissertamos sobre o que ele poderia fazer com os fatos. Coincidências a parte, tenho um grupo no meu whatsapp que chama “Amigas do Condomínio”, do meu prédio em Caxias. No meio do bate-papo com o taxista, recebo a mensagem da nossa síndica, contando do síndico que foi assassinado em São Paulo naquele dia, por um morador nada satisfeito. Cruz Credo!
O outro taxista chorou as mágoas. Conheceu uma mulher pela internet, que era de outro estado e levou ela para morar na casa dele. Se apaixonou, o coitado. Sem conhecer nada da vida da moça. Resultado: está louco para manda-la de volta e não sabe como. Ele disse que ela não lava nem uma louça. Passa o dia de pernas pro ar, sem fazer nada.
É meu amigo! Isso que dá mergulhar no escuro. A vida que figura nas redes sociais nem sempre é a vida real. Ele já deveria saber disso. Ou não?
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.
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