Lábios cerrados. Olhos fechados. Onde estou? A qual lugar pertenço? Sou um pedaço de nada? Sou parte de tudo? Habito dentro ou fora de mim?
Sinto as batidas do meu coração descompassado, mas não consigo decifrar a melodia. Tento senti-la com meus pensamentos, mas eles fogem, divertem-se em outros ares, sentidos. Já não sei mais se pertenço ao passado ou ao futuro. Só sei que do presente não faço parte.
Mas a qual parte pertenço? Sou fêmea? Sou macho?
Tenho minhas duas metades encaixadas, confundidas, sobrecarregadas. Recordo-me de meu lado forte. Dele me alimento. A força vem do peito, do útero, da dama, que mesmo louca, debulha o leite para manter a criança. Olvido-me de meu lado frágil, másculo, inseguro. Esqueço-me das tantas vezes que parti, por medo.
Dizem que é preciso ter culhões para ser forte. Acredito que o útero é que traz a coragem capaz de ultrapassar até o mais grandioso obstáculo. Gerar a vida. Criação divina. Uma pena que na correria do dia-a-dia esquecemos de aproveitar cada minuto deste processo celestial. Queimamos o sutiã, ganhamos nosso espaço e de certo modo, perdemos o tempo de sentir.
Sou fêmea. Mas carrego a masculinidade. Machos, idem. Carregam a feminilidade. Em graus distintos, outros nem tanto. Nosso DNA é mais que físico, ele parte do espírito, da imortalidade, da sucessão das vidas.
Afinal, se observarmos a natureza, captaremos a essência: se até mesmo do terreno árido brota a planta. Se até mesmo das pedras brotam flores. Somos pedra, somos vivos, somos mineral, vegetal, animal. Somos homens. Somos um. Só precisamos lembrar disso, hoje, no presente.
Adorei, quando dei por mim, já não me via mais no meu quarto e também não te via ali na historia, eu estava totalmente envolvida com aqueles três personagens tão cheios de vida e amores. Amei, acho que teus leitores querem mais!
Claudia Tajes (Livro Transbordei)
Transbordei é título de romance e também uma tradução da própria autora, que se transborda em palavras, frases e histórias pelos capítulos deste livro. Ideias transbordando a cada página, para sorte dos leitores.
Rubem Penz (Livro Transbordei)
Com doçura, Cris Lavratti nos oferece um toque de magia: nessa narrativa, as personagens se erguem das páginas e surgem para nós como que em 3D, inteiras, com muita verdade. Transbordantes.
Só acredito nos personagens que dançam, na pista literal ou na deslizante metáfora... Você vai se sentir na pista do bar Ocidente, clássico de POA, ouvindo a trilha da sua adolescência e prestes a engatar um amor do tipo coração selvagem
Três amigos, destinos diferentes, caminhos que se cruzam. O livro fala das angústias da solteira de 30 e poucos anos, do sedutor que não consegue amar e da casada em crise. Dramas comuns que emocionam. Pra ler em uma sentada, rir e identificar-se
Laura Rangel (Livro Transbordei)
Transbordei de satisfação. O livro é leve e solto, sem dramatismos, nem densidades exageradas. Com realismo e a leveza de uma escrita enxuta, a autora nos apresenta uma história de amor entre mulheres bem atuais e bem resolvidas.
Lu Ruas (Livro Transbordei)
TRANSBORDEI é uma história do cotidiano de três amigos. Cris escreve sobre a jornada deles de uma maneira simples e informal, com personagens verdadeiros. É fácil se identificar com cada dificuldade e conquista.
Juliana Della Giustina (Livro Transbordei)
Acabo de ler e AMEI, parece que me dei um recreio, intervalo de escola. Ficou um gostinho de quero mais, tô sentindo falta das gurias, elas são daqui, dançam lá no Ocidente, tomam café na Barbi e chimarrão... Quando vai ficar pronto o próximo?
Fernando Aguzzoli - O neto
Nunca fui fã de crônicas, mas um entusiasta das palavras. Depois de ler as crônicas da Cris, percebi que na verdade gosto e as vivo, apenas não sabia como denomina-las. A Cris tem essa facilidade: traduz nossas vidas com simplicidade e atitude.
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